I Seminário de Saúde de Travestis e Transexuais da Grande Florianópolis/SC
O I Seminário de Saúde de Travestis e Transexuais da Grande Florianópolis/SC tem como objetivo principal discutir algumas experiências brasileiras bem sucedidas no âmbito do ambulatório de saúde para a população travesti e transexual, bem como as possibilidades de implantação de igual iniciativa em Florianópolis.
Data: 18 de maio de 2015
Local: Mini auditório do CFH/UFSC
Promoção: ADEDH e Margens/UFSC
Esse encontro pretende discutir as demandas urgentes na área da saúde de travestis e transexuais da Grande Florianópolis/SC. Tem como foco central a hormonioterapia, uma vez que o uso de hormônios de forma indiscriminada e sem acompanhamento especializado acarreta agravos para a saúde dessa população. Para além das DST/HIV-Aids/HV, o acompanhamento hormonal tem se mostrado uma necessidade urgente conforme pesquisa realizada pela ADEDH – Associação em Defesa dos Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade – em parceria com o Núcleo Margens: modos de vida, família e relações de gênero, do Departamento de Psicologia da UFSC.
A Prefeitura Municipal de Florianópolis lançou, em maio de 2012, o I Plano Municipal de Políticas Públicas e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT). No documento são listadas estratégias de gestão e ação em vários âmbitos, dentre os quais a saúde. No entanto, nenhum deles contempla a demanda por acompanhamento hormonal da população de travestis e transexuais.
A experiência da ADEDH, organização não governamental há 22 anos sediada em Florianópolis, indica que, mais do que os procedimentos cirúrgicos, a mudança do registro civil e a hormonioterapia são demandas correntes que precisam ser contempladas para que essa população tenha minimamente reduzidos as situações de humilhação e os agravos à saúde. A rede SUS no município, em sua atenção básica, não dispõe de profissionais capacitados para o acolhimento dessa população que, via de regra, deixa de procurar os serviços por receio de preconceitos e discriminações.
Programação
8:30 – Mesa de abertura
9:00 – Mesa-redonda: Os ambulatórios de saúde de travestis e transexuais: experiências em andamento no Brasil – Dra. Flávia Teixeira – Ambulatório Saúde das Travestis e Transexuais do HC/UFU/Uberlândia/MG; Dra. Grazielle Tagliamento – Centro de Pesquisa e Atendimento de Travestis e Transexuais do Estado do Paraná/Curitiba/PR; Assistente Social Sérgio de Araújo – Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Hospital Clementino Fraga/João Pessoa/PB; Sra Marina Marinho (SGEP) e Dr. José Eduardo Fogolín (SAS) – Ministério da Saúde.
12:30 – almoço
14:00 – Mesa-redonda: Possibilidades de atendimento à saúde de travestis e transexuais em Florianópolis – Dra. Cássia Soares – Maternidade Carmela Dutra/Florianópolis; Representante da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis; Representante da Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina; Profa. Ms. Maria de Lourdes Rovaris – Hospital Universitário/UFSC; Lirous K’yo Fonseca Ávila – ADEDH; Profa. Dra. Maria Juracy F. Toneli – Núcleo Margens/UFSC.
16:30 – coffee break
17:00 – Debates e encaminhamentos
18:00 – Encerramento